O aparecimento do Mapa Terapêutico em 2004 tinha como objectivo fundamental a criação de uma obra técnica de informação, baseada na classificação ATC (Anatómica, Terapêutica e Química) da OMS, que possibilitasse ao Técnico de Saúde uma forma mais simples de aceder á selecção do medicamento mais adequado a uma determinada doença. Isto porque, uma vez realizado o diagnóstico, o Mapa Terapêutico vai permitir a selecção do medicamento mais ajustado para a finalidade desejada.
Estruturalmente o Mapa Terapêutico, apresenta-se ordenado em 14 (catorze) grupos terapêuticos, ordenados por órgão ou sistema o que, mais uma vez, vem facilitar a pesquisa. Por exemplo, quando o consulente necessita de uma determinada informação sobre um medicamento para o sistema cardiovascular, mesmo ignorando a marca ou o princípio activo, mas sabendo a finalidade terapêutica, não irá ter qualquer dificuldade em pesquisá-lo e encontrá-lo. Para o efeito, bastará dirigir-se ao órgão ou sistema/grupo terapêutico e aí num dos subgrupos ou sub-subgrupos respectivos vai de certeza encontrá-lo.
Após estas breves notas sobre alguns dos aspectos que reputamos como principais no Mapa Terapêutico, gostaríamos ainda de referir o seguinte:
O que o distingue:
O Mapa Terapêutico apenas contempla a informação técnica dos medicamentos aprovados e comercializados no nosso País. Esta informação técnica obedece, desde o início, a um princípio rígido, na medida em que, o que é publicado é o RCM ou o RCM reduzido ou informação onde consta o principio activo, marca, detentor do AIM e apresentações, de todos os medicamentos aprovados e comercializados em Portugal, cumprindo portanto o que é solicitado em termos legais.
Defendemos que não é ajustado sonegar informação a quem dela tanto precisa.
Foram estes alguns dos princípios transmitidos aos então Presidente da Apifarma, Bastonário da Ordem do Médicos, Bastonário da Ordem dos Farmacêuticos e Alto Comissário da Saúde em 2003/2004 aquando da apresentação da publicação e que mereceram da sua parte a melhor das atenções. Aliás, no primeiro número há uma transcrição de algumas palavras de apreço e estímulo da parte dos mesmos para prosseguirmos com a nossa missão.
Os tempos mudam, mas o Mapa Terapêutico continua a defender esta postura, mantendo-se como a obra técnica de informação dos medicamentos em Portugal por excelência. Dizemos isto porque regularmente recebemos pedidos de médicos, farmacêuticos, enfermeiros, estudantes de medicina, farmácia e enfermagem que nos solicitam o acesso ao actual www.mapaterapêutico.pt.
Mais uma vez aqui e noutras situações verificamos e acreditamos que o Mapa Terapêutico encontrará o seu caminho e a sua posição de obra de referência, para todos os Técnicos de Saúde.
É nossa pretensão que o Mapa Terapêutico para além de ser um serviço de informação, relativamente aos medicamentos aprovados e comercializados em Portugal, também deverá desempenhar um papel activo em todas as áreas de formação e informação, que permitam uma utilização mais acertiva, por isso mais eficaz e mais segura, do medicamento no nosso País.
Estas razões levaram-nos à inclusão de novos capítulos de informação, tais como a Classificação Internacional de Doenças da OMS, as Interacções Medicamentosas, os Parâmetros de Avaliação das Doenças Cardiovasculares, notícias, artigos de opinião, guidelines terapêuticas para algumas doenças, entre outros e é nossa intenção no futuro incluirmos outros temas, como a Gestão de Risco, a Farmacoepidemiologia, a Farmacovigilância, a Fármacoeconomia etc,. a par de outra informação considerada importante e relacionada com a utilização mais correcta do medicamento e com a sua ligação a uma melhor saúde.
É esta a filosofia do Mapa Terapêutico. Contribuir da melhor forma para a formação e informação sobre o medicamento em Portugal, sempre abertos e disponíveis para colaborar com a Indústria e com as Autoridades de uma forma digna e séria.